A greve das barcas

Um dos líderes da direita jovem em Niterói era José Luís, que devido a sua simpatia e ser contra prisões e perseguições políticas, tinha um certo relacionamento com os opositores. Sendo vizinho e amigo do almirante Júlio, homem forte da marinha e do Cenimar, bem como interventor do serviço de transportes marítimos da Baía De Guanabara, foi nomeado para um cargo deste orgão. Porém, para desespero do almirante, o José Luís tomou atitudes contra-revolucionárias no trabalho e incentivou os funcionários a fazer greve para aumento salarial. Não precisa dizer que o mesmo foi sumariamente demitido pelo almirante, que no fundo não era uma pessoa de má índole ou fanático. Continuaram vizinhos e conhecidos apesar dos pesares.

A frente ampla

Luís Carlos Lacerda, um dos líderes civis do golpe militar, homem inteligente e ex-membro do PCB, procurou Leonel Brizola e João Goulart, já vencidos e derrotados, para formar uma frente ampla contra a ditadura militar. Em Niterói as esquerdas apoiaram esta atitude. Logo depois os líderes civis restantes foram caçados pela política vigente.

A expulsão dos Lacerdistas da política estudantil

No início da ditadura a política estudantil ainda sobrevivia precariamente, sendo que alguns dos opositores à ditadura eram partidários do Lacerda, que no início apoiava o golpe, porém estes jovens eram democráticos e não concordavam com o golpe militar. O Partido Comunista Brasileiro (PCB), já na clandestinidade, em reunião realizada no Centro de Niterói determinou aos seus membros para que dessem missões quase impossíveis para os Lacerdistas, que não cumprindo as mesmas seriam expulsos sob alegação de incompetência.

Explicação

Estava com problemas em meu computador e não pude fazer as postagens, mas agora estou voltando com as postagens.
                                                              Fim dos dias santificados
Na época da ditadura do general Ernesto Geisel, que era praticante do protestantismo, vários dias santificados deixaram de ser feriados, em uma aparente retalhação à Igreja Católica, que ao contrário dos ditos evangélicos, combatia abertamente a ditadura militar. Uma ala radical de oposicionistas, aproveitando esta suposição existente, apedrejou e pichou um curso de inglês localizado na Rua Otávio Carneiro, que era administrado pelo irmão do general presidente. Rapidamente o fato foi abafado e não publicado na imprensa sob censura.